Israel exclui condolências online para o falecido Papa Francisco, gerando reação diplomática.

O Ministério das Relações Exteriores de Israel está sob escrutínio após remover abruptamente uma postagem de condolências pela morte do Papa Francisco, que faleceu aos 88 anos na segunda-feira de Páscoa. O tweet, que dizia brevemente: “Descanse em paz, Papa Francisco. Que sua memória seja uma bênção,” desapareceu sem aviso prévio apenas algumas horas após a publicação.

A decisão gerou confusão e frustração entre diplomatas e autoridades. O presidente israelense Isaac Herzog elogiou o pontífice como “um homem de profunda fé e compaixão sem limites,” mas, ao contrário de Herzog, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu ainda não emitiu nenhuma declaração pública.

Fontes diplomáticas, falando ao Ynet, revelaram que a exclusão foi ordenada sem explicação. Um diplomata disse: “Pedimos esclarecimentos, mas nos disseram que o assunto estava ‘sob revisão’. Isso apenas suscitou mais perguntas.”

A mensagem deletada, originalmente destinada a ser um simples gesto de respeito, agora corre o risco de se tornar uma fonte de tensão diplomática. Alguns diplomatas temem que a medida reflita desavenças internas relacionadas à posição do falecido papa sobre as ações militares de Israel em Gaza. O Papa Francisco havia descrito anteriormente a situação humanitária lá como “vergonhosa,” atraindo críticas de autoridades israelenses.

Em mensagens vazadas de chats internos, outro diplomata especulou: “Isto está claramente relacionado à crítica do papa ao conflito de Gaza. Disseram-nos para deletar a mensagem sem mais comentários.”

Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores sugeriu mais tarde que a postagem de condolências foi um erro, afirmando: “Abordamos a crítica do papa durante sua vida. Não nos envolveremos mais após sua morte. Essa é a nossa política.”

A medida está sendo observada de perto por observadores internacionais e já está alimentando o debate sobre o tom diplomático de Israel e a imagem pública no palco global.

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