Jornalistas estão mais ativos no Bluesky do que no X, mostra novo relatório.

Um estudo recente descobriu que os jornalistas estão cada vez mais favorecendo o Bluesky em relação ao X (anteriormente Twitter) quando se trata de engajamento e atividade, sinalizando uma mudança nos hábitos digitais da indústria de mídia.

De acordo com uma nova pesquisa da agência de comunicação Fire on the Hill, realizada em parceria com a Mercury Analytics, o Bluesky se tornou a segunda plataforma social mais utilizada por jornalistas, atrás do X. Os resultados são baseados em uma pesquisa com mais de 460 jornalistas no Reino Unido e nos EUA, realizada em dezembro de 2024 e janeiro de 2025.

Enquanto o X continua sendo a plataforma mais amplamente utilizada, com 76% dos jornalistas mantendo contas, o Bluesky vem em seguida com 25%, superando o Threads (17%) e o Mastodon (9%).

Mas a verdadeira diferença está em quão ativamente os jornalistas estão usando essas plataformas.

Mais de 81% dos jornalistas no Bluesky postaram dentro do mês do estudo. Em contraste, apenas 42% dos jornalistas no X fizeram o mesmo. O Threads e o Mastodon tiveram um engajamento ainda mais baixo, com 16% e 7%, respectivamente.

O relatório observa que o X não é mais visto como um “recurso valioso para notícias de última hora” e afirma que a plataforma se “movimentou decisivamente para a direita política.” Como resultado, os jornalistas estão buscando alternativas que se alinhem melhor com seus valores e permitam um diálogo aberto.

David Clare, diretor e chefe digital da Fire on the Hill, afirmou:

“Embora muitos jornalistas ainda tenham contas no X, é claro que estão usando o Bluesky com mais frequência e de forma mais significativa.”

Chris Clarke, cofundador da agência, acrescentou que organizações e veículos de mídia estão reavaliando sua presença em plataformas como o X devido à percepção da marca e à alinhamento ético:

“Temos visto um número crescente de saídas do X por razões baseadas em valores. Isso deve levar as marcas a pensarem cuidadosamente sobre onde se engajam.”

Desde a aquisição do Twitter por Elon Musk em 2022 e sua reformulação como X em meados de 2023, a plataforma tem enfrentado problemas de segurança da marca. Apesar de um relatório recente sugerir que o X recuperou sua avaliação de $44 bilhões, o mesmo valor que Musk pagou por ele, sua percepção pública continua enfrentando desafios - particularmente entre a mídia.